para a Joana e a Rosa, por me terem desafiado a (entre)abrir as portas da oficina
1. Já não sei quando li pela primeira vez as cartas de Mário de Sá-Carneiro a Fernando Pessoa. Era a edição da Ática, lembro-me, e eu teria uns quinze ou dezasseis anos, andava a descobrir Orpheu, a heteronímia, Céu em Fogo, andava a aprender a língua de Pessoa e de Sá-Carneiro: viviam em mim inúmeros, e eu sentia-me perdido dentro de mim porque eu era labirinto. Aprendia o que se podia fazer com a língua: lia.
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