A Phala

Como se escrevem cartas de Fernando Pessoa

In A Phala, Uncategorized on 6 de março de 2018 at 15:49

CP_CRFPMSC_lrpara a Joana e a Rosa, por me terem desafiado a (entre)abrir as portas da oficina

1. Já não sei quando li pela primeira vez as cartas de Mário de Sá-Carneiro a Fernando Pessoa. Era a edição da Ática, lembro-me, e eu teria uns quinze ou dezasseis anos, andava a descobrir Orpheu, a heteronímia, Céu em Fogo, andava a aprender a língua de Pessoa e de Sá-Carneiro: viviam em mim inúmeros, e eu sentia-me perdido dentro de mim porque eu era labirinto. Aprendia o que se podia fazer com a língua: lia.

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No regresso de «Lisboaleipzig»

In Arrábido on 31 de janeiro de 2018 at 17:01

K_LISB_LRAos leitores dos meus textos: Há anos que escrevo Lisboaleipzig. Inicialmente pensei que seria um livro de um único volume. Com o tempo, apercebi-me de que seria um livro em vários volumes (…). Achei oportuno publicar, no mesmo volume, textos dispersos que escrevi, ao longo dos anos, e com os quais procurei esclarecer-me sobre o sentido da minha escrita.

Estilhaços, lâminas, sangue

In Poesia Inédita Portuguesa, Uncategorized on 12 de janeiro de 2018 at 15:11

K_VIDR_LRO vidro será a minha matéria.

O vidro (mas qual, de tantos?) será também a minha não-matéria, porque ele deixa ver, à transparência, e apagando-se a si próprio, a matéria (sacrifício do vidro, para deixar ver, tornando-se invisível).

Exactamente aí, então, o vidro que me interessa: entre aparecer e desaparecer.